segunda-feira, 26 de julho de 2010

"A óTiCa De Um ShApEr" - Tamanho da prancha, uma questão de bom senso ou padrão?

Autor: SurfPE - por: Ruclecio Lucena - Correspondente de Novas Tecnologias SurfPE - 26/07/10 - 22:12.


A um bom tempo venho lendo em encartes de revistas especializadas a indicação de shapers em relação a tamanho de pranchas, exemplo do que falo: tenho 1,70m e segundo estas matérias devo usar uma prancha de tamanho 6’3’’.

No entanto uso no verão e nos dias menores do inverno de 5’8’’ a 5’11’’, tenho parceiros com 1,80m e outro com 1,65m que só surfam com pranchas 5’9’’ ou 5’10’’, são tuber riders local (Zig Broa e Misson), assim como clientes que são pequenos no tamanho mas usam pranchas grandes, atualmente vários surfistas no mundo apontam como tendência diminuir até 3 polegadas em pranchas dos seus quiver’s, pois há um aumento significativo em movimento quando se diminui o tamanho, e para não haver perdas em estabilidade hoje compenso com jogos de quilhas os mais variados em termos de tamanho e formatos, assim como para manter remadas a flutuação do meio (longarina) acrescem em média ¼ de polegada mantendo a mesma espessura das bordas que hoje são bem mais finas do que a pouco tempo atrás para não perder movimentos em determinado ponto da onda.

Zig Broa, entubando com sua 5'9'' em Enseada (PE) - foto: Lindinho

Devemos levar em consideração tamanha da onda que será surfada com mais freqüência, tipo de surfe feito por cada surfista, tipo de onda que será surfada com esta prancha, para que estação do ano, entre outras perguntas relevantes, será que o padrão esta sobrepondo o pessoal e as condições diversas de surf, ou estas foram feitas para confundir.

Em minha opinião o padrão é uma forma de tornar mais comercial um produto, diminuir o trabalho sobre cada peça possibilitando o aumento deste gerando mais lucro e em menos tempo, então estas opiniões podem ser tendenciosas “assim como as minhas”, esta é uma pergunta que devemos nos fazer se não quisermos nos tornar massa de manobra.

Devemos pensar em possibilidades para termos uma opinião própria e embasada na realidade do nosso dia a dia.

O que é realmente importante é o produto final na água, já que marcas ou nomes não vão transformar ninguém naquilo que não é, no máximo massageia-se o ego, certamente a evolução de cada um depende do conjunto de medidas, de um trabalho personalizado, de acompanhamento pós entrega da prancha, da atenção despeça a cada um para entender seus limites, anseios e necessidades, felizmente sei que isto não é utopia.



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